Na Canção de José Floresta, o escritor José Lúcio cavalga pelas trilhas da cultura popular, trazendo numa linguagem cabocla poesia pura para iluminar os corações.
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Da minha rede branca
vejo o mundo girando ligeiro,
vejo a estrada que corre pra cidade
e o trem de ferro carregando ilusão...
Ouço um povo cantando
e o trovejo no sertão...
Brincando com os dedos nos nós da varanda,
vejo o mar criando camarão
e as águas rolando na montanha...
Marejo os olhos com lembranças
e com a esperança, arejo o coração.
Deitado na rede de embalo,
vejo o campo e o cavalo,
a floresta, a curva do rio e a plantação...
E nas areias da praia um denso coqueiral,
abriga uma cabana feliz,
onde vive um curandeiro,
que tira a dor com erva santa,
deitado na sua rede branca,
com palavra e poder de oração.
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Trecho da introdução do livro A Canção di José Floresta e Outras Canções
Trecho da introdução do livro A Canção di José Floresta e Outras Canções
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